9 de fev. de 2012

TODOS ESTÃO SURDOS!!!



Ré(u)

De quem é a culpa?
Será o flagelo o elo que une politicagem e demagogia? Pilantragem e cara de pau?
Idiossincrasias facebookeanas de nosso contemporâneo velho. Nossa velha nova cidade mofada que continua a regar pré-conceitos e dogmas.
Engana os números e diz que morreu mais um bandido aplaudido em frente a TV. Diz mais uma vez que o Estado vendeu bem. Bateu bem. “O pior opressor é aquele que já foi oprimido.”
TV. Televisão. Segundo o Aurélio, a definição do substantivo feminino é essa: Tecnologia de telecomunicação que permite a transmissão instantânea de imagem e som, gerados ao vivo ou gravados em videoteipe, mediante ondas eletromagnéticas ou transmissão a cabo. O televisor, nome do aparelho e substantivo masculino usado no processo, acabou sendo posto de lado. É bem verdade que o eletrodoméstico, presente em 99,99999% dos lares brasileiros, seja recheado de sangue e bobagens...
Vi no televisor, na época mais aguda das enchentes por aqui, que o Estado gasta mais recuperando os danos das mesmas, do que as prevenindo.
E agora José? No meio do caminho havia uma pedra. Ou um morro...
Agora os profetas do acontecido dão a cara pra bater! Agora foram mais de 300 picaretas procurando corpos. Agora e daqui para o próximo verão. Ruas alagadas. Casas soterradas. Lamas além de Brasília...
Mais um ministro que cai. Poderia ser seriado. As quedas não mais são contadas, feito os gols das “peladas”. Aliás, se o brasileiro tivesse a mesma “dispô” que empenha no futebol e no carnaval para cobrar os políticos...
De quem é a culpa? Do pobre que invade o morro? Da omissão do Estado? Do descaso das autoridades? Da natureza? Sua? Minha? De ninguém?
Ganha todo mundo. Perde todo mundo. Discurso pronto de jogador na beira do gramado. A sociedade deveria se responsabilizar efetivamente pelas próprias mazelas, comprometendo-se a mudá-las. De verdade. E não continuar a ignorar a realidade coletiva...
Dedico as últimas palavras desta coluna ao grande Denílson, que tinha uma energia especial, e que deixará saudades neste mundo. Que a morte dele e do Juliano não tenham sido em vão.
Prédios caem. Outros são erguidos. O carnaval acaba e depois vem a Páscoa, o natal. Depois o carnaval. Chuvas. Nascimentos. Mortes. Dúvidas e ciclos. É assim. A vida que não cessa e anseia por algo melhor. Ou que deveria.
Feito estaca cravada no peito de vampiro, ou o espirro que quebra o gelo, a força da palavra e da poesia há de nos salvar...


                       LIBERTE SEUS OUVIDOS!!!

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