27 de dez. de 2012

LOUCOSPIROSE




Aprendi a gostar de Corinthians por causa de meu saudoso pai. Foi ele quem me contagiou com o vírus da “loucospirose”.

Talvez minha lembrança mais remota seja da geração de meu xará. Célio Silva, Ronaldo no gol, Henrique, Tupãzinho, Viola, Marcelinho Carioca e Paulista...

Na conquista da primeira Copa do Brasil, eu, meu pai e meu cunhado corintiano, assistimos aquela decisão na casa de minha irmã. Eu tinha a idade doce da adolescência e meu sobrinho, mais um do bando de loucos, ainda estava na barriga de sua mamãe...

Era bastante fanático. Ainda gosto bastante do Corinthians. Mas a realidade podre de nosso futebol confunde nossa paixão a ponto de repeli-la um pouco as coisas. Mas ainda separo as quatro linhas dos engravatados e Zés das Medalhas...

Cresci junto acompanhando meu time do coração. Alegrias e tristezas. Em 98 estava em Alagoas e vi de lá o título do timão em cima do Cruzeiro. Lembro que os atleticanos comemoraram junto esta glória. No ano seguinte, já em Minas, o todo poderoso faria a alegria dos cruzeirenses também. Lembro de sair com meu vizinho Cruzeirense que colocou camisa do timão e botou em seu carro uma bandeira pintada por mim. Saimos em carreata a comemorar o bi.

As vezes ocorriam frustrações. E sua história recente tem uma queda. Cheguei em Ouro Preto e um ano depois, tive que ver o time de Zelão, Betão e cia ltda cair para a segundona

Confesso que não me entristeci o bastante, pois já tinha assimilado que aquilo não passava de um resultado daquela parceria macabra e mal explicada com a MSI...

Hoje, depois da Libertadores e do feito sobre o time inglês, vejo o planeta reverenciar essa loucura de 30 milhões. Torcedores diferentes de um time diferente. O seu Raimundo acompanhou o calvário da fila, época em que a torcida cresceu absurdamente. Eu vi o rebaixamento e a glória absoluta...

Pode acabar mundão! Pois hoje, e até o próximo mundial, o planeta é preto e branco, malouqueiro e sofredor...

CHUPA JÔ!!!



5 de dez. de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROFISSÃO REPÓRTER DE ONTEM...







Considerações sobre o Profissão Repórter de ontem...

Quando cheguei em Ouro Preto já conhecia o sistema de suas repúblicas. Como todo bom boato ou coisas que sabemos pela boca alheia, havia exageros.

Passei então a conviver com a realidade e dogmas da ex-Vila Rica. Aprendi a amar essa cidade e a considerar suas idiossincrasias, tabus e dualidades...

É preciso saber separar as coisas. Uma coisa é o sistema ultrapassado que bane pretensos moradores com doses cavalares de destilados, batidões e trotes. Outra coisa é um programa de TV que opta apenas por pautas que destacam o lado negro da força. A parte ruim de nossa ex-Vila Rica.

Sensacionalismos a parte, e hipocrisias também, é preciso separar as coisas e refletir sobre os últimos fatos. É preciso sair da posição mais cômoda e perceber que uma mãe que confia a vida de seu rebento a de outros estranhos é no mínimo corajosa. Quando essa mãe recebe o filho dentro de um caixão, ao invés de formado, deve ser tristemente frustrante...

É preciso que se mude o paradigma depois destes fatos. Cada um é livre em suas escolhas. Não concordo com o fato de se escolher apenas temáticas como essa para se levar ao programa global. Nossa cidade tem milhões de pautas interessantes e únicas. Mas também não concordo que se continue a pensar que está tudo bem. NÃO ESTÁ. 

E que nenhuma outra mãe passe por isso...