Aprendi a gostar de
Corinthians por causa de meu saudoso pai. Foi ele quem me contagiou com o vírus
da “loucospirose”.
Talvez minha lembrança mais
remota seja da geração de meu xará. Célio Silva, Ronaldo no gol, Henrique,
Tupãzinho, Viola, Marcelinho Carioca e Paulista...
Na conquista da primeira
Copa do Brasil, eu, meu pai e meu cunhado corintiano, assistimos aquela decisão
na casa de minha irmã. Eu tinha a idade doce da adolescência e meu sobrinho,
mais um do bando de loucos, ainda estava na barriga de sua mamãe...
Era bastante fanático. Ainda
gosto bastante do Corinthians. Mas a realidade podre de nosso futebol confunde
nossa paixão a ponto de repeli-la um pouco as coisas. Mas ainda separo as
quatro linhas dos engravatados e Zés das Medalhas...
Cresci junto acompanhando
meu time do coração. Alegrias e tristezas. Em 98 estava em Alagoas e vi de lá o
título do timão em cima do Cruzeiro. Lembro que os atleticanos comemoraram
junto esta glória. No ano seguinte, já em Minas, o todo poderoso faria a
alegria dos cruzeirenses também. Lembro de sair com meu vizinho Cruzeirense que
colocou camisa do timão e botou em seu carro uma bandeira pintada por mim.
Saimos em carreata a comemorar o bi.
As vezes ocorriam
frustrações. E sua história recente tem uma queda. Cheguei em Ouro Preto e um
ano depois, tive que ver o time de Zelão, Betão e cia ltda cair para a segundona.
Confesso que não me
entristeci o bastante, pois já tinha assimilado que aquilo não passava de um
resultado daquela parceria macabra e mal explicada com a MSI...
Hoje, depois da Libertadores
e do feito sobre o time inglês, vejo o planeta reverenciar essa loucura de 30
milhões. Torcedores diferentes de um time diferente. O seu Raimundo acompanhou
o calvário da fila, época em que a torcida cresceu absurdamente. Eu vi o rebaixamento
e a glória absoluta...
Pode acabar mundão! Pois
hoje, e até o próximo mundial, o planeta é preto e branco, malouqueiro e
sofredor...