30 de nov. de 2011

PARA REFLETIR...



Moção de repúdio dos alunos do ICSA contra Homofobia e Sexismo.

Na madrugada do dia 29 de novembro deste ano, a comunidade estudantil do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto presenciou uma demonstração de grave desrespeito por parte de um grupo de alunos. Esses, na rede social Facebook, postaram mensagens homofóbicas e sexistas contrariando o espírito do tempo que é de reafirmação dos direitos humanos e negação de todo e qualquer tipo de violência, inclusive violência simbólica como nesse caso. Há que se observar o princípio humanístico inegociável da dignidade do rosto humano para além do direito à diferença sejam elas religiosas, étnicas, sexuais, culturais... Afinal, ser humano é ser diferente.

A moção que aqui se coloca não tem, em absoluto, a intenção de constranger a liberdade de expressão de quem quer que seja, sobre qualquer assunto que lhe convier. Todavia, devemos nos ater, todos nós, para o uso – e talvez, o abuso – da palavra “liberdade”. Liberdade, como previsto em nossa Constituição, significa que todo ser humano deve ser protegido de ameaça ou constrangimento moral em razão de sua raça, cor, religião ou opção sexual. Desfruta de liberdade o ser humano que tem sua diferença respeitada como norma de convívio social saudável e democrático. Mas liberdade significa também o dever de julgamento das próprias ações em respeito ao próximo. Ou seja, liberdade não é dizer o que se quer quando e como bem se entende. Há que se considerar, mais uma vez e sempre, o princípio humanístico inegociável da dignidade do rosto humano com seu direito à diferença.

Outro conceito que deve ser discutido é o termo ‘homofobia’.  Partindo de sua etimologia, homo significa homem, que em nossa língua, infelizmente é regido pelo princípio masculino, mas que significa em termos morais SER HUMANO. A opção pela apropriação do conceito homo enquanto mero prefixo de homossexualidade para compor junto com fobia (temor, aversão, medo) o nome de um crime, já revela a gravidade da redução: seres humanos somos todos nós. Não se justifica a fobia do humano, a não ser que o ser em questão não se comporte como tal, ou seja, desumanamente ofendendo a dignidade daqueles com quem interage em sociedade.

Não acreditamos que seja de bom tom reproduzir nesta carta, entremeado a este texto, as citações ofensivas, muito menos a identidade daqueles que não souberam infelizmente fazer uso de sua liberdade no sentido ético da palavra. Afinal, as postagens feitas na rede social já documentam suficientemente as cabíveis medidas legais. O objetivo desta moção é antes chamar a atenção desta comunidade universitária para a necessidade de providências mais amplas no sentido tanto jurídico quanto educativo em relação ao acontecido e àqueles que participaram deste ato que arrasta consigo o nome de toda a instituição. Todos estão cientes de que tais agressões não foram cometidas dentro do ambiente acadêmico físico desta universidade. Mas o foram no ambiente “moral” desta comunidade, e em especial, à contra-pêlo de todo o ensinamento que deve ser institucionalizado em uma instituição educacional universitária pública. É esta consciência da função mais ampla – humanística – de uma universidade pública que nos autoriza enquanto apoiadores desta moção a demanda por um posicionamento da UFOP neste lamentável episódio. Afinal, são alunos desta instituição que estão envolvidos, sejam como vítimas sejam como autores do que a legislação federal já reconhece como crime.

A esta carta aberta serão anexados um relato detalhado dos acontecimentos, dados salvos que comprovam termos e autoria, os vídeos da manifestação relâmpago ocorrida hoje (29.11.2011) dentro das dependências do Instituto e tudo o mais que nos for solicitado para ajudar no esclarecimento do ocorrido e principalmente na atribuição das responsabilidades. O referido dossiê será entregue às autoridades desta Universidade para as providencias cabíveis.

Se você endossa o procedimento aqui descrito e principalmente os termos desta moção, manifeste-se assinando.  Sua colaboração viabilizará os procedimentos institucionais cabíveis nesta Universidade que é de todos nós.

Diretoria do Centro Acadêmico de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.


28 de nov. de 2011

PALAVRAS






Queria realmente entender o ser humano. Ledo engano. Não consigo mais acreditar em ministros. Brasil no PAN PAN TIN PAN PAN...

Novamente escolho passos e promessas. Novamente minto e me engano. Extrapolo-me na espontaneidade besta de achar que se deve confiar e se entregar. Acreditar nas coisas, sentimentos e palavras. Saber que podemos ser mais do que intrigas, ganância e egoísmo. Não há somente um “imbigo”...

O que esperar do país da Copa? Da eleição? Do ladrão que rouba ladrão e que às vezes até mata...
São Judas Tadeu, sei que a causa é mais que impossível, mas pelo amor de Deus, ajuda esse povo a enxergar! De que adianta o minha Casa Minha Vida? De que adianta Bolsa disso e daquilo? Porque querem sempre tanto senhor? É melhor pra poucos o problema de muitos? É isso?

Boa vontade. Pobre faz filho. Muito filho. Reproduz feito dupla sertaneja que se separa. Tô zuando. Também sou de Marré Desci. Mas porque não há vontade em se mudar de fato o rumo da prosa? Será o Benedito?
Somos pobres e limpos. Ou não. Mas a questão não é essa. A perfeição ou a pressa. Ou a música do Renato Russo, ou as faculdades mentais da anarquia. Clichês. Insisto em dizer que Vandré sempre esteve e estará certo. Não devemos esperar...

Gosto dos gostos da fuga e das reticências. Acho-as como a ampulheta. Corrompe-me a linha do tempo traçada por um relógio imaginário maluco da burocracia preconceituosa de viver. A licença somente poética. 

A ética como “piração” da aspiração inatingível. Consumir a informação e o ser humano. Me pira a Pira. Piramos todos. Ouro Preto e seus malucos-belezas. Meu plano, por agora, é somente pensar. E continuar pensando. E indo embora...
LIBERTE SEUS OUVIDOS!


21 de nov. de 2011

18 de nov. de 2011

COLUNA!!!


achados e perdidos!


Muito tem se falado sobre a ocupação da USP. Tudo começou por um “baseado” mal apertado talvez. Não sei quem é culpado ou inocente nessa história, mas diante de tantos posicionamentos prefiro também não me omitir.
                A gente tá cansado de saber que a polícia é mal equipada, paga e treinada e que por isso, faz um monte de merda. Também sabemos que a cidade universitária requer algumas “coisitas” peculiares. Também sabemos que tem aluno da USP que vai pra aula de helicóptero. Sabemos que os bandidos também sabem disso e que por isso estavam atuando em demasia no campus no que acabou por descambar no assassinato de um aluno. Após o convênio da reitoria com a PM para aumentar a segurança na universidade, houve então o fatídico episódio dos meninos fumando um.
                Quer dizer, se os “cana” tivessem feito vista grossa, tudo ficaria como antes. A vá!
                Quem sabe seja a falta pelo o que lutar. Ou não lutar até que mexam no seu.  Causa tem um monte. Por exemplo, outro dia assistia uma reportagem do jornal da Band que falava sobre a violência na Avenida Paulista que grupos extremistas estariam praticando contra os gays. Ricardo Boechat falou sobre a mobilização que ocorre na mesma Avenida em dia de parada LGBT. Mais de dois milhões nas ruas em dia de parada gay. Continuou dizendo que se uma parte destas pessoas se mobilizasse em torno dessa causa a solução viria. Se não for uma dessas atribuições ao léu da internet, Arnaldo Jabor é autor de uma emblemática e reflexiva frase: “Se os homens engravidassem, o aborto seria legal faz tempo”.
                O cinegrafista Gelson da mesma Band morreu por uma bala de fuzil que atravessou seu colete. Agora, depois do cadáver, levanta-se a discussão sobre a segurança dos jornalistas e essa mídia sensacionalista e sangrenta que alimenta um monte de defunto.
                Nosso país deveria levar mais as coisas a sério e não esperar pelo pior pra poder tomar medidas. Além da vida paliativa e do sufoco do dia seguinte, há um infinito finito de coisas. Repartições. Ações. Rodoviárias e seções de achados e perdidos...

LIBERTE SEUS OUVIDOS!
Em tempo: Agora mais essa!




15 de nov. de 2011

VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA


PROFISSÃO DE FÉ
Neto Medeiros


            Estava eu, quieto em minha quitinete, com a boca escancarada e cheia de dentes como diria Raul, em meu ócio meramente improdutivo, “zapeando” os canais da TV em busca de algo interessante para ocupar minha cabeça cheia de nada. Diante da “infinidade” de escolhas que só a televisão aberta nos proporciona, parei. Achei o que tanto procurava.
            Engraçado. Como sempre, naquele canal, o mesmo pastor a falar com seu grande rebanho e a vender coisas. Reparei que sempre que eu parava naquele canal pela primeira vez, exatamente naquele horário, confundia-me a cabeça a astúcia como o religioso sempre estava a vender coisas. Eram raros os momentos de “reflexão” sobre o livro sagrado dos cristãos. Talvez, em outra “zapeada”, ele estivesse a orar com seus milhares de ouvintes. Mas religiosamente, com o perdão do trocadilho, sempre que parava naquele canal pela primeira vez, o Pas-ator estava sempre a vender algo. Ora era a TV do Céu, uma TV por assinatura e sem as novelas do demônio, ora era a Revista Abençoada, que conta todos os bastidores dos êxitos da igreja (claro, informando direitinho como se ajuda a “obra”) e ora devidamente informando como os fiéis podiam adquirir seus boletos bancários para pagar o dízimo...
            Deus e sua conta bancária a parte, bocejei. Voltei a trocar os mesmos canais como a mania besta que temos de abrir a geladeira a toa, só pra conferir o que tem lá, sabe? Mesmo que lá, como no meu caso, não tenha nada.
Não conseguia parar de pensar num dilema: “Será que se o rebanho atrasar o pagamento do boleto, eles pagam juros?”. Revoltado, bocejei, e voltei para o canal onde estava se vendendo a salvação. O apresentador agora não mais fazia o papel daqueles “emperucados” que vendem máquinas fotográficas nos programas sensacionalistas vespertinos. Estava pedindo, como sempre, que os fiéis dessem um testemunho sobre algo que a ajuda à “obra” teria refletido em suas vidas.
Uma senhora se levantou para relatar o que havia lhe acontecido. Quando seu filho se acidentou, ela lembrou que estava em dívida com a “obra” e correu depressa para quitar sua parcela com Deus. Ao pagar o dízimo, seu filho se recuperou instantaneamente. Depois, a senhora imensamente constrangida, estava ali, dentro da minha TV e se comprometendo em rede nacional a não mais atrasar suas parcelas.
Desliguei. Bocejei. Fui dormir. Acordei. Liguei de novo a TV e “zapeei” mais uma vez minha “caixa mágica” a procura de tédio para poder descansar. Ou rezar. Ou dormir. Depois de sair, voltar, e ligar novamente a TV, me lembrei de que tinha esquecido de pagar o aluguel no dia exato. Também era preciso achar o boleto. Também não lembrava onde tinha o deixado. Tinha que encontrá-lo logo e quitar minha dívida porque afinal de contas, a imobiliária “fura meus olhos” nos juros...

            


11 de nov. de 2011

INTERFERÊNCIA

Compartilhando aqui no BLOG o vídeo mais visto da REAL FM na net. Interferência com o Domingos. É da época da novela Caminho das Índias. E o resumo tinha a tradução para o Indianês. Confira:


8 de nov. de 2011

NÃO SEI O QUE DIZER E NEM O QUE PENSAR!


   Nosso país está entregue as traças ou está traçado pela ignorância?
   Como se protesta contra o bom senso?
   Protestar contra a instituição que fez convênio com a PM depois que
   Um estudante morreu?
   Como assim? Estupros, violência, morte...
   Os crimes caíram cerca de 80%...
   O que pensar do futuro deste país
   Onde Jesus não tem dentes no país dos banguelas....
   Não consigo entender certas coisas... 

4 de nov. de 2011

ANIVERSÁRIO




Aniversário


Como posso esquecer o dia 1º de novembro de 2011. Uma mulher de Maceió tenta vender seu filho para comprar drogas. Crack possivelmente. Por não conseguir, abandona o rebento. No mesmo dia e na mesma Maceió, capital das Alagoas, meu primo é encontrado morto no banheiro de sua casa após suicidar-se. Ah, também é meu aniversário, pois estou escrevendo essa coluna hoje. Dia primeiro de novembro de 2011. Mas que agora, passado o feriado de finados, já é sexta-feira, dia 4 de fevereiro.

        Que vida maluca é essa onde a gente não conhece a angústia alheia?

            Não consigo deixar de lembrar o cara bacana que esse meninão era. Conhecia desde menino e não pude vê-lo chegar nem aos 25. Uma lembrança terna e eterna de sua visita à república UAI, onde morei, após cruzar o litoral brasileiro de carro com um amigo. “Doidera” doida essa da vida da gente querer mudar o que já foi e sentir a garganta entalada com aquilo que nos deixa impotente. Como a gente querer que a pessoa peça por ajuda, sabe? Pra quem sabe mudar a vida da pessoa, porque acho que é esse o objetivo maior. O bem maior. O todo como o elo de tudo. A evolução de tudo ao mesmo tempo agora!
            “Vem vamos embora, que esperar não é saber!” Vou tomar umas e celebrar a vida! Comemorar mais um ano nessa terra maluca que nos coloca em situações pitorescas e absurdas.
                Hoje também tive que enviar uma crítica pra faculdade sobre um curta muito louco que recomendo a todos. Uma história Severina, Dirigido por Eliane Brum e Débora Diniz, o curta metragem está na internet e vale a pena muito ver, coincidentemente, questiona a vida, suas formas e dilemas.
                A gente começa a se perguntar sobre o direito da vida que até o estado quer deter. Difícil digerir esse misto de tristeza e felicidade por não entender as vezes, ou quase sempre, essa vida confusa e maluca que nos ensina a cada segundo. A cada respirar. A cada amanhecer...
                                        Dificil entender o valor que a vida tem perdido...
LIBERTE SEUS OUVIDOS!

1 de nov. de 2011

COLUNA!!!



TUDO BEM
Aleijados superfaturados. Ratos que se escondem no pacote do “De Montão”. País da lavagem de dinheiro público, junto com a roupa suja. Ratos que se envergonham.  Monte de dinheiro nosso. Audiência pública do blá blá blá apenas pra dizer que nada será resolvido por agora. Mais tarde te conto. “Alibabá ganhava então, Alibabá tinha quarenta!”
Dizem que agora o conto do vigário foi à morte do Kadafi. O kadafi contestado mesmo após ser mostrado ensanguentado o tempo todo na TV. Acreditar no quê? Se a essa altura do campeonato ainda somos tribais?
Bacanais de perguntas retóricas. Regurgitar em palacras corrretass ou não, apenas com o intuito de impressionar. Impressão da ação em frases. Apenas frases. Meu cômodo acômodo de permanecer a apenas digitar.
Mas se a gente não ajuda, pelo menos não atrapalha. Fogo de palha. Biscoito de polvilho. Oito só pra rimar. Coito mal interrompido...
Gostaria de utilizar meus últimos caracteres para agradecer a receptividade do povo ouro-pretano para com o meu trabalho. Muito obrigado de coração a todos que apreciam a Geléia Real e também os demais programas da Real FM. Obrigado a todos que sempre ouvem o INTERFERÊNCIA. Obrigado também os idiotas PC’S, parceiros de programa e amigos: Satini e Rafa. Seja nas palhaçadas e nos assuntos sérios de cada dia, seja na troca de energia pelas ruas, seja nas alegrias e tristezas compartilhadas pelo ar, seja por todo o reconhecimento. Mais uma vez, muitíssimo obrigado a todos. Estaremos sempre juntos.
Gostaria de pedir também por críticas, palavrões, sugestões, opiniões e trocas. Tem redes sociais, e-mails, sinal de fumaça, ou mesmo um aceno e uma ideia trocada pelas ruas. Estamos aí pra trocar as coisas. Vivemos sempre nesse escambo de cada dia não é mesmo?
Prestem muito a atenção por tudo em volta. Além das olimpíadas, do PAN e da COPA, haverá um ano bastante importante pra você. Se o mundo não acabar, como todos esperamos, no próximo ano teremos eleição. Mais uma vez iremos determinar nossos governantes pelos próximos anos. Por isso, recomendo que enxergue além dos clichês, promessas, falácias e demagogias, vote consciente. Caia na REAL e liberte seus ouvidos!
Amanhã tem Geleia Real, até lá.

CONSTRUA A COPA COM
O MEU DIN-DIN
PARTIDAS COMPRADAS
ASSALTO APLAUDIDO.