Conheci a mulher de minha
vida em terras Vila-Riquenses. Quando aportei em Ouro Preto, como já disse
aqui, foi porque havia me encantado pela sua volúpia, mistério, beleza e
energia. Um lugar inspirador e único...
Sabia que daria certo aqui.
Pela sua sinergia. Também pelas pessoas. Um emaranhado de coisas boas e pessoas
únicas. Sabia que o universo iria conspirar...
Pois bem, alguns anos mais
tarde e com a certeza do melhor recomeço, percebo que a ex- Vila Rica
proporciona-me a incerteza maluca do futuro. E o tesão eloquente de viver essa
terra incerta e cheia de dogmas e insanidades...
Enfim. O fim ou o começo de
uma nova etapa. O poema que nos mostra o que Drummond nos dizia há anos. É
muito pra mim. Penar, estudar e pensar em coisas. Viajar em dúvidas, anseios e
imbecilidades. Dúvidas, destinos e dádivas...
O bom é saber que podemos
recomeçar. A cada dia. A cada escolha. A cada esquina que se dobra com a
esperança do melhor amanhã. O comum acordo do melhor coletivo. A cidade melhor.
A família melhor. A cidade sem usurpadores. O bairro sem violência. As ruas sem
“nóias”...
É difícil prever o futuro.
Ler o passado. Viver o presente e buscar a essência da melhor convivência. Não
sei o que pensar. Às vezes me recordo do passado pobre, marginal, ditado pelas
privações e glórias da “medida do possível”...
Às vezes me recordo da
chegada duvidosa. Às vezes, ou quase sempre, mal faladas, canalizadas pelo
fracasso eminente. Daquele fracasso fadado ao regresso impotente...
Estamos aí. Pro que der e
vier. Sem medo do futuro. Ou das energias ruins. Porque pra elas, um monte de
outras melhores estão por vir, virão sempre, sem inveja ou desespero. Sem medo
do fracasso. No compasso e na cadência do samba. Porque a melhor consciência é
a LIVRE. Porque outra não há de existir. É só fachada. Ou poeiras. Ou escolhas.
Ou lamúrios. Ou amigos. Ah! Os amigos...
LIBERTE
SEUS OUVIDOS!!!
