23 de jan. de 2013

DIVAGAÇÕES SOBRE A REDE...



Olá faces...
Essa expressão é uma daquelas que me irritam. Mas hoje, todo mundo é "face". Ontem ao perguntar a um recém conhecido se ela possuía a rede social ele me disse: "Eu sou humano né!?"...

Porque será que abrimos mão de nossa tão rara intimidade? Porque alimentamos uma rede de conexões das mais diversas? Compartilhamos, curtimos, comentamos e interagimos. E o pior, ou melhor para o Zuckenberg, porque somos tão facemaníacos?

Não tenho a resposta, assim como também não sei qual o segredo do universo. Não consigo entender como      podemos alimentar uma rede de monitoramento humano. Já parastes pra pensar que o Face pode ser considerado como a teletela do best-seller 1984? Tipo isso. Todos os posts, conversas e afins estão devidamente arquivados em seus gigantescos banco de dados.

Pois bem. Imagine um planeta sem Facebook. Um planeta onde as pessoas teriam que conviver de verdade. Conversar de verdade...


Não consigo entender o que leva um ser humano a encontrar o amigo e dizer a ele: "Então tá, vou lá. Daí a gente se fala pelo face"...

Simples. Projetamos nosso melhor pelo mundo virtual. Não somos obrigados a olhar nos olhos. Nos escondemos atrás da tela em nosso mundo ou mundinho. Vivemos essa dupla realidade, muito embora nosso avatar seja mais bonito, nossas frases mais coerentes e nossos amigos muito melhores. Tem até aquele que não conheça 10% de seus 2 mil amigos...

Mas enfim, não estou metendo o pau na ferramenta. Muito pelo contrário. Resisti bravamente ao seu acesso mas confesso que hoje me vejo na obrigação de atualizar minha vida ou postar meus anseios na linha do tempo paralela. Os meios existem e devem ser usados. Mas tenho consciência de que a convivência, o tet a tet, a conversa franca, o abraço, a gargalhada, a cervejinha no fim do dia com os amigos, nunca será substituída pela frieza do convívio virtual.

Tudo demais sobra. Me vi outro dia em uma sala com amigos, onde cada um navegava em seu computer. Será que toda essa tecnologia tem afastado as pessoas ao invés de aproxima-las? E mais, será nocivo esse conhecimento ou contato raso que a internê nos proporciona?

Perguntas retóricas a parte, deixo aqui apenas meu sentimento de inquietude e preocupação com a banalização da relação humana e de suas idiossincrasias. Como diz uma campanha de publicidade, NADA SUBSTITUI O TALENTO, assim como nada substituirá o contato, apesar de já existir o tal do sexo virtual...

E você, o que acha disso tudo? Curtir ou não curtir? Eis a questão...






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